Cancro do Ovário

Como se faz o diagnóstico
do cancro do ovário?

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO DO CANCRO DO OVÁRIO?
Diagnóstico do cancro do ovário
O diagnóstico do cancro do ovário pode revelar-se difícil devido à inespecificidade dos sinais e sintomas associados, a não ser que ocorra uma monitorização constante, por presença confirmada de mutação BRCA 1/2. Os sintomas podem não ser imediatamente percetíveis ou levar à suspeita de outras patologias, fator que poderá atrasar o correto diagnóstico até que o cancro do ovário se encontre já num estádio mais avançado.1

Assim, é necessário que a mulher esteja atenta a todos os sinais, sintomas e alterações do seu estado de saúde, consultando sempre o seu médico de família.2

O diagnóstico do cancro do ovário depende, normalmente, do resultado dos seguintes procedimentos:1,2

Exame físico

A avaliação geral da doente é feita exercendo pressão sobre o abdómen e verificando a existência de irregularidades, nódulos linfáticos inflamados ou acumulação anormal de líquido ascitíco. No caso de suspeita de alguma anormalidade, pode ser retirada uma amostra de líquido para identificação de possíveis células cancerígenas do ovário (no caso de ascite), ou então solicitadas análises ao sangue ou exames imagiológicos.1,2

Análises ao sangue

A análise sanguínea pode servir para monitorizar alguns marcadores tumorais, tal como o CA-125. Esta substância está presente na superfície de células cancerígenas do ovário, bem como em alguns tecidos normais, sendo a sua expressão mais elevada em cerca de 50% das mulheres com cancro do ovário em estádio inicial e 85% das mulheres com cancro do ovário em estádio avançado. No entanto, este marcador não é específico do cancro do ovário e poderá estar elevado na presença de outras patologias malignas e benignas.1,2

Biópsia

Consiste na recolha de tecido ou líquido para a determinação da presença de células cancerígenas. Com base nos resultados, pode ser necessária a realização de uma cirurgia de remoção de tecido/líquido (designada por laparotomia) da pélvis ou do abdómen. Em alternativa pode também ser realizada uma laparoscopia, na qual é inserido um tubo fino e iluminado (laparoscópio) através de uma pequena incisão no abdómen.2
Exames imagiológicos

Radiografia (Raio-X): Utilizado para avaliação do peito ou pulmões, caso se justifique a procura por outras lesões nessa zona, que possam ter resultado da disseminação de células malignas.1

Ressonância Magnética (MRI): Utiliza um campo magnético forte e ondas radio, permitindo obter imagens detalhadas do interior do corpo e respetivos órgãos. Não é, normalmente, utilizada em diagnósticos de rotina mas pode ser utilizada em alternativa à Tomografia Computorizada, sobretudo no planeamento de cirurgias.1

Ecografia: Uma ecografia é realizada com recurso a uma sonda que emite ondas ultrassónicas e que poderá ser inserida através da vagina, permitindo a examinação do tamanho, forma e outras caraterísticas dos ovários.1,2

Tomografia Computorizada (CT): Consiste numa radiografia tridimensional que permite a determinação da presença e extensão do cancro, podendo também auxiliar no planeamento da cirurgia.1

Glossário
CA-125: Cancer Antigen

125 MRI: Magnetic Resonance Imaging

CT: Computed Tomography

Bibliografia

1. ESMO Patient Guide Series – Ovarian Cancer. European Society for Medical Oncology. 2017. Disponível em: https://www.esmo.org/for-patients/patient-guides, consultado em 10/05/2022;

2. Formas de Diagnóstico do Cancro do Ovário – Liga Portuguesa Contra o Cancro. Disponível em: https://www.ligacontracancro.pt/cancro-do-ovario-diagnostico/, consultado em 10/05/2022.

Veeva ID: PT-12873
Aprovado a 06/2022
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